Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Pesqueira Comemora 8 Anos de Resistência e Sucesso
No dia 03 de dezembro, haverá a feira comemorativa, que celebra a resistência pelo oitavo ano de funcionamento da feira. E para celebrar, fica o convite a todos e todas que compreendem a importância do movimento da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que participem e consumam os produtos que tem sua origem focada em processos de organização coletiva e que prezam pela sustentabilidade socioambiental, e pelo bem-estar dos seus consumidores.
Por Flávio José Jardim
atualizado há 1 semana
Publicado em 28 de novembro de 2024, 09h34
Comemorando oito anos de história, a feira se consolidou como um símbolo de resistência, organização e transformação social para os agricultores e agricultoras familiares da região de Pesqueira e Alagoinha. Em 2016, a cidade de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, ganhou um importante espaço de comercialização e fortalecimento da agricultura familiar e da economia solidária. Criada com o intuito de garantir que os pequenos produtores tivessem um local para escoar seus produtos e fomentar a troca de saberes e práticas sustentáveis, a Feira da Agricultura Familiar e Economia Popular Solidária tornou-se um verdadeiro símbolo de resistência e sucesso.
Inspirada na Mostra da Agricultura Familiar realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Pesqueira, a feira surgiu como resposta às dificuldades de comercialização enfrentadas pelos agricultores da região, buscando não apenas vender, mas também fortalecer a economia local e valorizar a produção sustentável e os modos de vida do campo.
Ao longo desses oito anos, a feira passou por um processo de amadurecimento e organização, com o apoio constante de entidades como a Cáritas Diocesana de Pesqueira, o Cedapp, o STR, a Fundação Esquel e o Delta. Essas instituições realizaram um diagnóstico detalhado da realidade dos agricultores e, a partir disso, criaram a estrutura necessária para viabilizar a feira. No começo, as entidades se responsabilizavam por toda a organização logística, como a montagem e desmontagem das barracas e tendas, mas, com o tempo, percebeu-se a necessidade de criar uma coordenação própria, composta pelos próprios feirantes, que assumiu a responsabilidade pela organização interna, enquanto as entidades mantiveram o papel de apoio técnico, capacitação e orientação aos produtores.
Atualmente, a feira conta com 16 feirantes ativos, a maioria deles provenientes de Pesqueira, com a inclusão de grupos de agricultores de Alagoinha, que também compartilham a experiência da agricultura familiar e solidária. O evento ocorre de forma pontual e planejada, garantindo a continuidade do movimento sem prejudicar o fluxo urbano da cidade, que passou por modificações em seu centro nos últimos anos. A dinâmica da feira, no entanto, permanece a mesma: um espaço de encontro e fortalecimento entre pequenos produtores, consumidores conscientes e as entidades que acreditam no poder da organização coletiva. A feira não é apenas um local de compra e venda; é um ambiente de troca de saberes e vivências que refletem a importância da sustentabilidade socioambiental e do bem-estar coletivo.
Em 2024, a feira chega ao seu oitavo ano de funcionamento e, para comemorar, será realizada uma edição especial no dia 3 de dezembro, que promete reunir ainda mais pessoas em celebração ao movimento da agricultura familiar e da economia solidária. A nova coordenação da feira já está dando os primeiros passos para expandir o número de feirantes, com planos de abrir uma seleção para novos agricultores e agricultoras no início de 2025, sempre com a parceria das entidades que deram início a essa trajetória.
O convite fica, portanto, estendido a todos que compreendem a importância dessa causa, para que participem da feira e consumam produtos que carregam não apenas qualidade, mas também um compromisso com o desenvolvimento sustentável e a transformação social. A feira de Pesqueira é, sem dúvida, uma celebração da força, da solidariedade e da luta constante pela valorização do trabalho e da vida no campo.
(Fonte: CEDAPP, Felipe Bezerra).
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