Júlia: “Votar em mim é votar em si mesmo”
Candidata negra em Pesqueira defende uma participação mais ativa da população mais carente em um mandato na Câmara de Vereadores. “O povo precisa ser ouvido”, destaca.
Por Flávio José Jardim
atualizado há 4 anos
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Mulher atuante, decidida, negra e inserida nos movimentos sociais, Júlia Batista, ou simplesmente Júlia, como é carinhosamente chamada nas comunidades e bairros de Pesqueira, afirma que “votar em mim é votar em si mesmo”.
Candidata à Câmara de Vereadores sob o número 25 678, pregou durante sua campanha popular que quer compartilhar com os pesqueirenses sua trajetória de vida, sua história. Júlia, inclusive, reuniu uma série de propostas, de prioridades debatidas com os próprios moradores, e montou um verdadeiro Dossiê de Anseios das Comunidades, que ela pretende utilizar a partir de 2021.
Em entrevista ao Site Flávio J Jardim – Notícia Verdade, Júlia disse categoricamente que “votar em mim é votar em cada cidadão de Pesqueira, é votar em cada mãe, é votar em cada família, em cada pessoa necessitada”. Ela explica que diz isso “porque sabe exatamente quais são as verdadeiras necessidades das famílias do município”.
“Vou trabalhar em defesa da pessoa negra, daquelas famílias dos bairros, do povo da zona rural”, avisa. Júlia, uma negra autêntica que tem orgulho da raça, estudou, se esforçou e que doar todo esse conhecimento que acumulou na sua vida na construção de um mandato popular. “Quem estará lá na tribuna da Câmara comigo é a voz do povo, a alma de um povo sofrido que não foge da raia”, destaca.
Júlia tem como missão cuidar do povo. Na escola da vida, fez pós-graduação em ajudar o próximo. Por isso, quer transformar Pesqueira, principalmente dentro de uma perspectiva social. Na Câmara, pretende lutar por programas e projetos que realmente atendam as comunidades mais carentes.
Com uma trajetória de atuação nos movimentos sociais e integrante de organismos que realmente fazem atendimento aos mais carentes, Júlia Batista luta pelo crescimento de campanhas que orientem o eleitorado a votar em candidaturas que representem populações historicamente excluídas: as mulheres, a população negra, os moradores de bairros mais afastados e o povo da área rural.
Ela quer mudar uma estatística que ela considera injusta. Na Câmara Federal, por exemplo, apenas 15% das cadeiras são ocupadas por mulheres e 24,3% são ocupadas por negros.
Júlia quer começar essa mudança por Pesqueira, agora nas eleições de domingo (15), para mostrar que “Sim, nós podemos”, diz parafraseando o líder e 44º presidente americano, Barack Obama.

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