50 anos e uma vida dedicada ao jornalismo. Flávio J Jardim completa aniversário
Nesta sexta-feira, 26 de junho, completo 50 anos de vida. É, nasci em 1970, em plena comemoração do tricampeonato da Copa do Mundo.
Por Flávio José Jardim
atualizado há 4 anos
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Após viver parte de minha vida no Recife, vim para Pesqueira. Na verdade, me considero pesqueirense. Meus pais, que são daqui, foram para Recife em 70 e eu fui na barriga. Para todos os efeitos, fui concebido em Pesqueira. O parto apenas foi no Recife, no dia 26 de junho de 1970.
Quando voltei, assumi logo o cargo de assessor de imprensa na gestão de Evandro (1993). João Eudes era o vice e eu, juntamente com Arnóbio Marques, Luiz Kubitschek, Gera Santana e Paulo Júnior, além de João Maciel (fotógrafo), era da comunicação municipal.
Vi muitos fatos em todos os esses anos. Num dos primeiros trabalhos, um programa de rádio na Rádio 96,7 (Metropolitana FM à época), recebemos a notícia da morte do ex-prefeito João Leite e anunciamos ao vivo. Acompanhei de perto a história recente do jornalismo pesqueirense e da região.
Além da assessoria de imprensa da prefeitura de Pesqueira, passei anos sendo correspondente do Jornal do Commercio. Eu estava no lançamento da pedra fundamental do CEFET (que nasceu como Escola Técnica, hoje IFPE). Cobri o lançamento do CAIC, fiz reportagens na rebelião do presídio e na inauguração do Tiro de Guerra (BR-232).
O dia a dia do repórter é sempre o de buscar informação, saber sobre o que irá escrever para que se possa ter uma matéria. Não importa o meio que trabalhe, se é televisão, jornal, internet, muito menos qual o órgão em que atua, impreterivelmente, um jornalista precisa estar bem informado para que ele possa narrar os fatos.
Mas, na maioria desses anos fui repórter de jornal impresso, veículo que adoro. Nos últimos anos, também inseri os formatos digitais do jornalismo na minha vida. Assim como rádio, a internet é instantânea. Tudo acontece em poucos segundos.

TRAJETÓRIA
Naquele tempo, 30 e poucos anos atrás, eu enviava a reportagem por fax (um luxo de alta tecnologia para a época) e as fotos iam em filmes, onde eram reveladas na redação do JC. Era correspondente de toda região, então fazia reportagens de Arcoverde, Belo Jardim, Pesqueira, Poção, Alagoinha, Sanharó e até Sertânia.
Não nasci há dez mil anos atrás, como diz a música de Raul, mas fiz as reportagens sobre a morte de Geraldo Rolim, a execução de Xicão, o fechamento da Peixe, o término das atividades das Casas José Araújo, a reinauguração da Praça Dom José Lopes, o acidente de Raul Henry em Arcoverde, a chacina de Poção, a eleição do primeiro índio Xukuru à Câmara de Vereadores (Antônio Pereira), a segunda eleição de Eutrópio, duas eleições de João Eudes como prefeito e uma como deputado, a eleição da primeira mulher como prefeita de Pesqueira (Cleide Oliveira), a terceira eleição de Evandro como prefeito e a eleição de Maria José com 20 mil votos.
Além de política e economia, escrevi sobre o primeiro Circuito do Frio em Pesqueira, os casamentos matutos de Minervino Osório, a vinda de Dom Dino como bispo coadjutor, depois a sagração dele como Bispo da Diocese, o centenário da Diocese de Pesqueira, a morte do Padre José Maria, os 80, 90 anos e 100 anos do Colégio Santa Dorotéia e tantos fatos que nem coloquei em ordem, aqui acima.
Escrevi sobre tantas personalidades de várias áreas que morreram... Potiguar Matos, Marcos Macena, Joaquim da Loja, Seu Bianor, Joaquim Souto. Vi colegas da profissão também partindo para o andar de cima, como Othon Almeida, Severino Melo, Jarival Cordeiro, Paulo Júnior, Marco Antônio, Laurene Martins, Luiz Kubistchek, além de políticos e autoridades como Walderique Tenório, Carmita Maciel, Paulo Melo, Raimundo de Zé Novo, Lu de Mimoso, Eraldo de Mutuca, Leitinho, Augusto Simões, Aurélio França, Armando da Banca...
A vida no jornalismo é difícil, porque além de escrever sobre coisas boas, tem que narrar as adversidades, as mortes até de amigos. Nas reportagens factuais não há espaço para análises mais subjetivas. É o fato cru.
Como repórter, na área política, vi muitas mudanças no cenário. João Leite não foi eleito deputado por que não preferiu ter o apoio do antigo PFL. A morte de João Leite praticamente “elegeu” a segunda gestão de Eutrópio. Quando João Eudes, que era vice de Evandro, tornou-se líder do grupo político, foi eleito duas vezes como prefeito, em vitórias esmagadoras. Mais: elegeu a sucessora. Cleide Oliveira (que comandava o SISMUPE), foi secretária de Educação e em seguida foi eleita prefeita, numa vitória apertada contra Evandro.
Evandro, que tinha se afastado da política, voltou no PSB e foi eleito pela terceira vez. Em seguida, Maria José foi eleita com uma grande margem de votos.
O meu foco principal também sempre foi acompanhar de perto a construção do desenvolvimento de Pesqueira. Vi o crescimento de grandes empresas, de grandes grupos, como o Grupo Labopac (Eugênia e Lula), o grupo Cruzeiro (Airon), o Grupo Boa Fé (Zé da Funerária e Rosângela) e o Grupo Torres (Edvonaldo, Edmar), além do Grupo Rancho Alegre (Otávio e Beto), do Grupo Movelar (Tata e Gury) e Grupo Nordestina.
Portanto, no meu dia a dia como repórter sempre procurei apurar de forma precisa a informação. O trabalho precisa passar a verdade sobre os fatos e credibilidade a respeito da notícia.
Hoje, aos exatos 50 anos, aprendi que a vida passa rápido e que Pesqueira, grande amor da minha vida, conquista espaço e recupera degraus. A indicação para a Academia Pesqueirense de Letras e Artes (APLA) foi um ótimo presente que recebi esse ano. Agradeço a Deus, a meu pai Pio Jardim (in memoriam), à minha mãe Irene Jardim e aos meus irmãos.
Aos meus filhos Yuri, Mariana e Rafael e a todos os amigos que se tornaram irmãos de Pesqueira e região. À Dona Virgínia e aos primos Bananeiras. Agradeço também esse novo tempo às pessoas que me ajudaram a ter uma nova visão da vida: À Aninha e ao padre Adílson Simões. Tenho muito a contar em todos esses anos, mas em tempo oportuno esses fatos serão protagonizados em um livro. Muito obrigado a todos. 50 anos é uma data marcante para mim.
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