Sob o céu estrelado de Alagoinha, uma multidão se reuniu para prestigiar um evento inédito e emocionante: o 1º Torneio Leiteiro dos Pequenos Produtores. Mais que uma competição, a noite foi um verdadeiro tributo à coragem e à persistência do homem e da mulher do campo — aqueles que tiram do gado o sustento e a dignidade da vida rural.

Organizado pelos próprios criadores de bovinos de leite, com apoio da Prefeitura, da Secretaria de Turismo e Cultura e parceiros locais, o evento coroou anos de trabalho silencioso que agora ganham palco e reconhecimento. Pela primeira vez, os pequenos produtores foram protagonistas.

As regras eram claras: quem produz mais leite com manejo responsável vence. Mas o prêmio maior foi a valorização pública de uma atividade que, apesar das dificuldades, mantém viva a economia rural. “Aqui é suor, ração e fé. A gente batalha todo dia e ver esse reconhecimento é como ganhar na loteria”, disse emocionado Seu Djalma, um dos participantes.

A Prefeitura de Alagoinha vem investindo firme na cadeia leiteira com medidas estratégicas: melhoramento genético do rebanho, vacinação das bezerras contra brucelose, assistência técnica permanente e incentivo à captação de crédito rural. O resultado começa a aparecer nos números e na autoestima do campo.

Mais do que litros de leite, o torneio produziu orgulho. Famílias inteiras compareceram, vibraram, aplaudiram. O clima foi de celebração e pertencimento. Crianças brincavam ao redor das barracas de comidas típicas, enquanto os produtores contavam causos e segredos da lida com o gado.

A produção leiteira em Alagoinha é uma das principais fontes de renda da zona rural, e eventos como esse elevam o nível da organização da categoria e fortalecem a identidade do homem do campo. “Foi uma aula de cidadania e economia rural”, disse a secretária de Cultura.

Ao fim da noite, os campeões foram premiados, mas todos saíram vitoriosos. O 1º Torneio Leiteiro entrou para a história como um marco de valorização dos pequenos produtores. Uma promessa foi feita: no próximo ano, o evento será ainda maior.

Porque quem sustenta a cidade com o leite do suor merece mais que aplausos. Merece políticas públicas, respeito e espaço para brilhar.