CURADOS | Na guerra contra a Covid-19, histórias de superação, luta e vitória
Milhares de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, foram curados do coronavírus. Separamos três histórias de Pesqueira, neste Domingo de Páscoa
Por Flávio José Jardim
atualizado há 4 anos
Publicado em


Eles sobreviveram ao Coronavírus e sabem as agruras que viveram desde os primeiros sintomas até a recuperação no hospital ou no isolamento de casa.
João Eudes, Ricardo Jatobá e Verônica Almeida. Três histórias como de muitos brasileiros que nunca perderam a fé na vida. Que passaram por momentos tortuosos e dificílimos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais e, numa prova inconteste de força de lutar, voltaram à vida.
Especialistas e infectologistas contam que a recuperação é lenta, dolorosa e deve ser cuidadosa, principalmente com o risco da reinfecção. Muito mais agora com as variantes.

O ex-prefeito de Pesqueira e ex-deputado estadual João Eudes, 68 anos, passou 29 dias de internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, no Recife. Os momentos foram traumáticos, entre os dias 04 de julho e 08 de agosto do ano passado, desde a data que foi levado ao hospital até a alta.
Não foi intubado pela força de viver, mas passou por uma recuperação extensa e meticulosa. Após sua saída do hospital, teve toda a vida transformada. Se resguardou em casa, evitou seus afazeres profissionais e hoje sente-se completamente recuperado, mas com medo de pegar a variante da covid. Ele vai tomar a segunda dose da vacina no dia 14 de abril.
“Mesmo depois da segunda dose tem os cuidados ainda. A imunização é em média 60%, o resto é risco”, disse.
“A covid é muito séria. Só quem passou por ela sabe da gravidade. Como tenho altas taxas de diabetes, passei mais de 60 dias de recuperação intensa após sair da UTI”, revela João Eudes.
O ex-prefeito destaca que o apoio da família é fundamental nesse processo de recuperação. Ele está curado e voltou às atividades, mas agora tem todo o cuidado para evitar uma reinfecção, principalmente agora com essa nova variante.
“Muitas pessoas ainda não estão levando a doença a sério. Não entendem os perigos que estão correndo e quanto estão expondo as pessoas que amam. A vacinação ainda é em número reduzido então o mais importante é ter o máximo de cuidado, usar máscaras, evitar aglomeração e lavar bem as mãos”, prega.
João Eudes já voltou à vida normal e diz que teve o apoio essencial da família, especialmente da esposa Maria José. "O apoio da família nesse momento é muito significante para o paciente", disse João Eudes, alertando para as pessoas redobrarem os cuidados, principalmente agora com as variantes do vírus.
MÉDICOS
Segundo os médicos, o vírus é catastrófico à vida humana, mas varia de acordo com cada organismo. “Não dá para saber quem vai ficar grave. Existia uma chance maior de pessoas vulneráveis apresentarem quadros mais severos, mas hoje temos observado jovens em situação crítica”, diz uma médica do Recife.
Apesar de algumas autoridades nacionais pregarem a flexibilização, a classe médica é taxativa ao dizer que “Quanto menos gente circulando nas ruas, menos sobrecarregados estarão os serviços de saúde”.


CASAL RICARDO E VERÔNICA
A foto acima ilustra muito bem a felicidade de sair do hospital. Verônica Almeida e Ricardo Jatobá - (veja reportagem narrando a história e o milagre na recuperação de Verônica clicando aqui) – são sobreviventes.
O casal passou a maior prova de vida de sua história. Amor, carinho, presença e fé foram aliados e estão sendo fundamentais para a total recuperação.
A família e muitas pessoas da cidade se uniram em orações. A enfermeira Verônica Almeida e o professor Ricardo Jatobá foram internados em estado grave em um hospital do Recife devido às complicações provocadas pelo coronavírus.
Ricardo Jatobá, após o tratamento, saiu da UTI, mas ainda segue em ampla e precisa de cuidados. O caso da enfermeira Verônica foi mais complicado. Ela passou por um procedimento cirúrgico e teve que voltar a UTI. Foram momentos difíceis, mas a família nunca perdeu a fé.
“O caso de Vera foi mais grave, mas Deus intercedeu para reestabelecer a saúde da minha irmã. Nós nos pegamos às orações”, disse o professor Fernando, irmão de Verônica. Quando ainda Verônica ainda estava na UTI, Fernando divulgou uma mensagem emocionante:
“Devemos ter Coragem, Confiança e Fé... Faço parte de uma Família que acredita na Misericórdia Divina, que acredita em um Deus do Impossível, que acredita em Milagres, que entende que é através da Fé que podemos ter a proteção divina”.
A alta hospitalar da enfermeira Verônica Almeida Jatobá, além de uma alegria gigantesca para Pesqueira e para toda a família, é uma prova da força e da coragem do ser humano em superar desafios, mesmo quando são os mais dolorosos.

SUPERAÇÃO
Numa rápida olhada pela cobertura da imprensa na atualidade, se vê casos impossíveis, relatos impressionantes de quem se deparou com o coronavírus.
“Já enfrentei de tudo: de afogamento a acidente de carro. Mas nada se compara à Covid-19”, disse um halterofilista, que foi curado.
Embora remeta a febre, tosse e falta de ar, a doença pode provocar repercussões que os pacientes nem imaginam. “O que mais chamou a atenção foi a extrema falta de apetite e não sentir mais o gosto da comida”, narrou um paciente curado.
PERDAS
Recentemente, Pesqueira e região perdeu grandes personalidades e membros da comunidade: Geraldo Magela do Pesqueira em Foco, Dr. Roberto Flávio Monteiro, o PM Alex, Pedro Lucas de Almeida Campos (filho de Paulo Campos) e ontem, sábado (03), a senhora Evanilda Duque, cujo sepultamento foi no início da noite.





Você precisa estar logado para comentar. Por favor, faça login ou crie a sua conta.
Ainda não há comentários para esta notícia. Seja o primeiro a comentar!