Remanso, no norte da Bahia, amanheceu sob choque nesta quarta-feira. Diego Maradona Silva, de 36 anos, gari por profissão, participou de um “desafio alcoólico” com amigos e faleceu após ingerir 13 copos de cachaça durante brincadeira.

Os amigos haviam incentivado o consumo em troca da garrafa inteira. A proposta foi aceita, mas o efeito da quantidade (equivalente a quase 2,5 litros) foi letal. Diego passou mal já na primeira hora após o desafio.

Levado às pressas à UPA local, com quadro de insuficiência respiratória, Diego foi submetido a reanimação. Infelizmente, não resistiu à parada cardíaca desencadeada pelo consumo invulgarmente volumoso de álcool.

A morte gerou repercussão ainda maior por ele deixar esposa grávida de sete meses e dois filhos – uma menina de 11 anos e um menino autista de 5. A tragédia rompeu o núcleo familiar e deixou comunidade preocupada.

O corpo foi velado em clima de choque e incredulidade. Moradores se manifestaram em grupo: “Ele era trabalhador, cumpridor de seus deveres; não esperávamos um fim desses por causa de uma brincadeira”.

O caso levantou discussões sobre responsabilização em casos de incitação a consumo excessivo de álcool. Psicólogos apuraram que há risco real de complicações, que podem ser fatais.

As autoridades de Saúde da Bahia destacaram que já existem campanhas contra desafios de bebida nas redes, consideradas atividades de alto risco. Programas educativos nas escolas serão reforçados.

Diego deixa legado de dedicação, mas também alerta social. Sua morte não deve ser apenas lamentada — precisa virar aprendizado e incentivo ao cuidado em situações de consumo coletivo.

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