GATO POR LEBRE | Polícia prende homem acusado de vender feijão pintado de verde
Policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon) do Rio de Janeiro prenderam um homem de 43 anos acusado de pintar feijões fradinho de verde para vender como se fossem feijões de corda, enganando os consumidores. Curiosidade: feijão Macassar ou feijão Macáçar? Veja
Por Flávio José Jardim
atualizado há 3 anos
Publicado em

RIO DE JANEIRO (RJ) – Segundo a polícia, a prática teria como objetivo aumentar o lucro do comerciante. Em uma pesquisa de mercado, foi constatado que o preço médio do feijão fradinho é R$ 6,50 e o de corda, R$ 27,50.
O homem detido, natural do Rio Grande do Sul, não teve o nome revelado. Ele estava no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, comercializando os feijões em uma feira livre.
Após detido, confirmou que realizava a prática também em São Gonçalo aos sábados e domingos.
A polícia realizou a prisão após receber denúncias sobre um imóvel no bairro Gamboa, Região Portuária do Rio de Janeiro, onde era realizada a produção dos grãos pintados.
Os policiais foram ao local, encontraram equipamentos utilizados para o manuseio e para tingimento dos grãos e interditaram o imóvel.
VOCÊ SABIA? MACASSAR OU MACÁÇAR
Na embalagem plástica de certo feijão comercializado principalmente aqui em Pernambuco, está escrito “feijão macassar”.
A forma correta é macáçar, nome oriundo de certa região asiática. Portanto, a palavra "macassar", pronunciada com o acento tônico na última sílaba e escrita com dois esses, estaria incorreta.
Segundo o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, o nome em causa é realmente feijão-macáçar ou feijão-de-macáçar (Dicionário Houaiss e Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras).
O elemento macáçar tem esta grafia visto tratar-se de Macáçar, nome de “cidade e estreito na Indonésia”, segundo José Pedro Machado (Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa).
Em inglês, este ponto geográfico pode ser designado pela forma Macassar, o que pode explicar a variante referida pelo consulente. No entanto, desde o século XVI que a forma portuguesa apresenta ç (idem) – não se fala do moderno acento agudo, uma vez que, do ponto de vista histórico, a colocação deste é mais tardia.'

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