“Inspirados por um jogo”: Caso do adolescente que matou os pais e o irmão revela nova camada de horror
Namorada do jovem planejava matar a própria mãe, diz Polícia Civil do RJ
Por Da Redação
atualizado há 1 semana
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O caso brutal que chocou o Brasil ganha contornos ainda mais sombrios. A Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou nesta segunda-feira (1º/7) um novo detalhe sobre o adolescente de 14 anos que matou os próprios pais e o irmão caçula em Itaperuna. Segundo as investigações, a namorada do menor, uma jovem de 15 anos, planejava cometer crime semelhante: assassinar a própria mãe.
A declaração foi dada pelo delegado Carlos Augusto da Silva, titular da 143ª DP (Itaperuna), que conduz as investigações. “Ela chegou a cogitar matar a mãe, mas desistiu antes da execução. Ambos estavam completamente envolvidos em um universo fantasioso de violência, inspirados por um jogo de terror de temática extremamente perturbadora”, afirmou.
O casal estava em um relacionamento há seis anos, desde os tempos de infância. A conexão entre eles se intensificou através de trocas online, jogos e um vínculo emocional marcado por distúrbios graves. A polícia acredita que a dupla se inspirava em um jogo já banido em alguns países, cuja narrativa envolve incesto, assassinato de pais e pactos sinistros entre irmãos.
Apesar de não jogarem ativamente o game, o delegado confirmou que os adolescentes se identificavam com os personagens e planejavam crimes semelhantes. “A influência era mais ideológica do que prática. Estamos diante de um caso que mistura psicopatia, manipulação e romantização da violência”, disse Carlos Augusto.
O garoto chegou a declarar que também pensou em matar a própria avó, mas desistiu por medo de atrair muita atenção. A frieza com que ele relatou os assassinatos surpreendeu até os investigadores mais experientes. “Nenhum remorso, apenas justificativas absurdas. Disse que se sentia sufocado e queria ‘liberdade’”, relatou o delegado.
A jovem foi apreendida e encaminhada para uma unidade socioeducativa. A expectativa é que ela permaneça internada até a conclusão do inquérito e avaliação psiquiátrica. Ambos podem responder por ato infracional análogo a homicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe e uso de meios cruéis.
O caso acende um alerta sobre a influência de conteúdos violentos em jovens emocionalmente instáveis. Especialistas defendem mais controle parental, diálogo familiar e reforço de políticas públicas de saúde mental para adolescentes. “Não podemos naturalizar ou ignorar sinais de alerta. Isso começa muito antes do primeiro ato de violência”, pontua a psicóloga forense Mariana Santos.
A cidade de Itaperuna, abalada pela tragédia, tenta compreender o que levou dois adolescentes a tramar tamanha brutalidade. Para a família das vítimas, resta apenas a dor, agravada por um horror que veio de dentro da própria casa.

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