Supermaconha em Gravatá: Operação da PM desmonta centro de cultivo milionário
Polícia apreende estufas e variedades de drogas que abasteciam Agreste e Zona da Mata
Por Flávio José Jardim
atualizado há 1 dia
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Gravatá amanheceu sob forte movimentação policial nesta quarta-feira (1º), quando a Polícia Militar de Pernambuco desarticulou um esquema milionário de cultivo de drogas. Um homem, cuja identidade não foi divulgada, foi preso sob a acusação de manter em três residências verdadeiras fábricas de entorpecentes, equipadas com estufas de última geração. O destaque da apreensão foi o skank, popularmente chamado de “supermaconha”, cujo valor pode chegar a impressionantes R$ 30 mil o quilo.
Segundo a PM, as investigações duraram cerca de dez dias, período em que agentes monitoraram discretamente o vai e vem nas casas utilizadas para o plantio. Quando a operação foi deflagrada, a cena encontrada surpreendeu até os policiais mais experientes: pés de maconha em diferentes estágios de crescimento, insumos importados, iluminação controlada e equipamentos de climatização, dignos de uma produção industrial.
As drogas cultivadas abasteciam tanto o Agreste quanto a Zona da Mata. O comércio era organizado e calculado ao detalhe: a maconha prensada era vendida entre R$ 2 mil e R$ 3 mil o quilo; a flor da maconha alcançava valores entre R$ 5 mil e R$ 6 mil; já o skank, considerado de altíssimo teor de pureza, atingia cifras de R$ 25 mil a R$ 30 mil. Um mercado paralelo que movimentava somas dignas de grandes negócios, mas baseado na ilegalidade e no risco constante.
O caso chama a atenção não apenas pelo valor milionário da droga apreendida, mas pela sofisticação da operação criminosa. Três imóveis, todos adaptados para cultivo artificial, demonstram que não se tratava de ação improvisada, mas de um empreendimento calculado, com distribuição estruturada para atender diferentes regiões do estado.
O suspeito foi conduzido à Delegacia de Vitória de Santo Antão, onde responderá pelos crimes relacionados ao tráfico e ao cultivo de entorpecentes. O material apreendido será periciado, e as investigações prosseguem na tentativa de identificar outros envolvidos. A polícia acredita que a estrutura contava com apoio logístico além do homem preso.
A ação lança luz sobre um problema crescente: a expansão de drogas sintéticas e híbridas no interior, antes concentradas apenas em grandes centros urbanos. Gravatá, conhecida pelo turismo, agora entra nas páginas policiais por sediar um esquema que transformava a tranquilidade do Agreste em cenário de crime organizado.
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