Um gigante chamado Arnaldo Muniz. Morre em Pesqueira um de seus ícones do futebol
Arnaldão, como era mais conhecido, jogou no União Peixe, no Redenção (Paulo Afonso) e no Cristo-Rei. Sua morte, esta semana deixou uma lacuna no futebol e no Carnaval de Pesqueira
Por Flávio José Jardim
atualizado há 4 anos
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Texto: Andréa Galvão / Foto: Gilmar Farias
Nunca troquei uma só palavra com este homem, ouvira uma vez só através de minha mãe que era dos Muniz do Bairro do Prado.
Encontrava-o vez ou outra na Praça Dom José Lopes. Simpático, sempre conversava com os amigos e transeuntes ou sentava à mesa a convite de um algum participante do jogo de dominó.
Ele não era de passar despercebido onde chegava, alto, forte e sempre vestindo camisas dos times do coração. A julgar por isto calculei que tivesse sido jogador ou um apaixonado pelo esporte mais popular do Planeta. Vim a saber depois que foi um exímio goleiro!
Certa vez há algumas décadas observei algo que me chamou atenção, era domingo de Carnaval, a Rua Duque de Caxias estava abarrotada de gente.
A orquestra de frevo muito afinada tocando e entoava-se o hino do Lira da Tarde. Eis que visualizo alguém dançando de muletas erguidas para o alto, enquanto esboçava um sorriso de contentamento. Ele era a felicidade em pessoa!
É o Lira, é o Lira, é o Lira, é o Lira da Tarde a todo vapor... Os versos compostos pelo nosso Cláudio Almeida embriagavam Arnaldo e a mim que mesmo não desfilando em bloco algum, fui arrebatada pela alegria de uma pessoa que jamais sucumbira às limitações físicas e entregava-se de corpo e alma todo ano à magia dos festejos de Momo em sua amada Pesqueira.
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