Em meio à agitação das redes sociais, a prefeita de Marituba, Patrícia Alencar (MDB), protagonizou um episódio que ultrapassou as fronteiras do Pará e ganhou o país: ao postar um vídeo dançando forró de biquíni em sua casa, a gestora reacendeu um dos debates mais atuais sobre os limites entre a vida pública e a liberdade individual — especialmente quando se trata de mulheres no poder. A publicação, feita em um perfil pessoal, viralizou e provocou uma verdadeira avalanche de reações.

A prefeita, conhecida por seu estilo direto e espontâneo, não se calou diante das críticas. Em suas redes oficiais, respondeu com elegância e firmeza: “Ser mulher, prefeita, mãe e ainda gostar de dançar e cuidar da minha autoestima não é crime. O que incomoda é ver uma mulher feliz e no comando.” A declaração, longe de apaziguar a oposição, acendeu ainda mais a discussão — mas também mobilizou uma onda expressiva de apoio.

A resposta da sociedade foi dividida: enquanto setores mais conservadores questionaram a “imagem institucional” de uma prefeita em trajes de banho, uma multidão de apoiadores destacou a coragem de Patrícia em não se moldar aos padrões tradicionais da política. Entre curtidas e comentários, frases como “representa todas nós”, “autêntica e competente” e “a política precisa ser mais humana” foram repetidas à exaustão.

A repercussão colocou em foco uma questão central: por que o comportamento descontraído de uma mulher em posição de poder ainda é motivo de julgamento severo? O episódio evidenciou que, embora tenhamos avançado, o machismo estrutural ainda dita regras silenciosas sobre como líderes devem se comportar — e quase sempre essas regras são diferentes para homens e mulheres.

Patrícia Alencar, que tem se destacado na gestão municipal por ações voltadas à saúde, educação e inclusão social, não demonstrou intenção de apagar o vídeo nem de recuar diante da pressão. Pelo contrário, sua postura inspirou centenas de mulheres que viram na prefeita um exemplo de autenticidade e força. “É hora de naturalizar que o exercício da política também pode ter leveza, humanidade e, sim, alegria,” comentou uma seguidora.

No fim, o que parecia ser uma polêmica se transformou em um poderoso gesto de afirmação pessoal e coletiva. A prefeita de Marituba não apenas manteve sua imagem intacta, como a ampliou: tornou-se símbolo de uma nova geração de lideranças que rompem com o formalismo excessivo e mostram que é possível governar com competência, sem abrir mão da própria essência.

 

 

 

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma publicação compartilhada por Portal Vale do Rio do Peixe. (@portalvaledoriodopeixe)

----------------------------------------------------