Política

Violência Reincidente: Homem com Tornozeleira é Preso por Agressão em Pesqueira

Caso levanta debate sobre a eficácia das medidas protetivas e reincidência de agressores

Por Flávio José Jardim atualizado há 2 meses
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Violência Reincidente: Homem com Tornozeleira é Preso por Agressão em Pesqueira

A cidade de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, foi palco de mais um episódio de violência doméstica, desta vez protagonizado por um homem já monitorado pela Justiça. Com tornozeleira eletrônica por conta de agressões anteriores contra a ex-companheira, o suspeito voltou a ser preso na noite da última sexta-feira (11), após agredir a atual parceira com socos e pontapés.

 

A polícia foi acionada por vizinhos, que ouviram gritos e barulhos de objetos quebrando. Ao chegar no local, os policiais encontraram a vítima em estado de choque. Ela relatou ter sido atacada durante uma crise de ciúmes do companheiro, que também quebrou garrafas de vidro e usou o gargalo como arma de intimidação, fazendo ameaças de morte.

 

Durante a abordagem, os agentes constataram que o homem usava uma tornozeleira eletrônica, instalada por ordem judicial após um processo de violência doméstica envolvendo sua ex-mulher. O histórico do agressor evidencia uma reincidência preocupante e põe em xeque a eficácia dos mecanismos atuais de prevenção.

 

Encaminhado à Delegacia de Belo Jardim, o acusado foi autuado em flagrante. A polícia informou que o homem já responde a outros processos por agressão e ameaça, e que novas medidas estão sendo requeridas para garantir a segurança da atual companheira. O caso deve ser acompanhado pela Vara de Violência Doméstica da região.

 

Organizações de apoio à mulher têm cobrado respostas mais eficazes do poder público. “A tornozeleira não é um escudo. Serve para monitorar, mas não impede a violência. Precisamos de ações educativas e suporte real para as vítimas”, afirma a advogada e ativista Eliane Moura.

 

O caso reacende o debate sobre os altos índices de violência contra a mulher no interior nordestino, onde o acesso à rede de proteção ainda é precário. Pesqueira, como tantas outras cidades, enfrenta o desafio de garantir que medidas judiciais não sejam apenas simbólicas, mas realmente capazes de interromper ciclos de agressão.

 

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