Política

A Última Despedida de Carlinhos: O Legado de Um Homem de Luz e Alegria

Pesqueira se despede com emoção de Carlos Eugênio Maciel Chacon, o eterno Carlinhos, em uma cerimônia que celebrou a vida e o amor por sua terra natal

Por Flávio José Jardim atualizado há 2 meses
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A Última Despedida de Carlinhos: O Legado de Um Homem de Luz e Alegria

 

carlos
carlos (Flávio/flaviojjardim.com.br)

 

Na manhã de 22 de fevereiro, Pesqueira se vestiu de luto, mas também de saudade, e a memória de Carlos Eugênio Maciel Chacon, o Carlinhos, foi imortalizada em um ato de profunda emoção e carinho. As cinzas de Carlinhos foram trazidas à sua terra natal, que tanto amava, para ser finalmente depositadas na terra que o viu crescer, florescer e espalhar sorrisos. O cemitério, que tradicionalmente seria um local de despedidas definitivas, foi o cenário de uma última homenagem a um homem cujo espírito jamais se apagará, nem mesmo na ausência física.

 

Ao chegar ao cemitério, a família, os amigos, e todos que fizeram parte da história de Carlinhos estavam lá, presentes para garantir que ele tivesse a despedida que merecia: repleta de carinho, afeto e recordações alegres. Não era um adeus triste, mas uma celebração de uma vida que, embora breve em seus últimos dias, foi intensa, generosa e marcada pela felicidade que Carlinhos soubera espalhar ao longo de sua existência. Entre os presentes, estavam nomes de grande destaque, como o Padre Eduardo Valença, que conduziu a cerimônia com palavras de consolo e fé; a querida Margarida Maciel, amiga de longa data, que trouxe à tona os momentos mais preciosos vividos ao lado de Carlinhos; e figuras como a professora Ana Paula, o jornalista Flávio J Jardim, e o ex-prefeito Evandro Chacon, irmão de Carlinhos, que não só era familiar, mas também seu grande parceiro nas batalhas da vida.

 

Emocionados, todos ouviram as palavras de Margarida, que trouxe consigo uma reflexão poética sobre o sentido da palavra "cemitério". Ela explicou com carinho que "cemitério" vem de "semente", e naquele momento, isso soou mais verdadeiro do que nunca. A semente de Carlinhos, que germinou na terra de Pesqueira e espalhou raízes profundas, agora repousava ali, naquele solo que sempre foi sua essência. A cada lágrima que escorria, surgia também uma memória, uma lembrança da alegria e do otimismo que ele sempre irradiou. Ele não era apenas um amigo, um irmão, ou um pai; ele era um símbolo de vivacidade e de afeto genuíno. Aquele cemitério, então, se tornava mais que um ponto de partida para um descanso eterno, mas também um marco da continuidade de sua influência naqueles que o amaram.

 

Foi a filha de Carlinhos, Nara Chacon, quem deu voz ao que todos sentiam em seus corações, mas não podiam expressar com tanta clareza. Suas palavras, escritas com a dor de quem perdeu um pai, mas também com a gratidão por tudo que ele representou, ecoaram pelo ambiente. "Oh, painho, viemos trazer você de volta à sua terra natal, a tão querida Pesqueira. Hoje, ao acordar, pensei muito no senhor e em como gostaria de estar ao seu lado mais uma vez nessa despedida", disse ela, com os olhos marejados de lágrimas. Nara, que herdou não apenas o sangue de Carlinhos, mas sua bondade, sua sinceridade e seu amor pela vida, continuou com a voz embargada, fazendo com que todos se emocionassem ainda mais: "A palavra 'cemitério' vem de 'semente', e isso nunca fez tanto sentido para mim. A sua semente pesqueirense agora repousa na terra que tanto amou". Era uma linda metáfora que, de alguma forma, proporcionava um consolo às almas presentes, como se Carlinhos estivesse sendo apenas transplantado para um novo campo, onde sua influência continuaria a brotar.

 

A saudade tomou conta de todos, mas também uma sensação de gratidão. Nara falou, com a voz firme apesar da dor: "Os dias passam, e ainda é difícil acreditar que o senhor nos deixou. Mas confio que Deus, em sua infinita bondade, cuidou do senhor e não permitiu que sofresse. Aos poucos, começo a compreender e aceitar melhor". O peso da perda era imenso, mas a fé e a esperança de que Carlinhos estava em um lugar de paz, rodeado pela luz divina, traziam um pouco de alívio aos corações daqueles que o amavam. Nara, a filha que tinha o privilégio de ser sua herdeira, sabia que ele sempre será um presente que a vida lhe deu.

 

O final dessa despedida, marcada pela dor, foi também marcado por uma compreensão profunda do que significa viver com propósito e amor. Pesqueira, que foi palco dos maiores sorrisos de Carlinhos, agora se tornava o refúgio de sua memória eterna. E enquanto as cinzas de Carlinhos eram cuidadosamente colocadas na terra, ficava claro para todos ali presentes que ele não morreria. Sua semente, cultivada na alma de cada pessoa que teve o prazer de conhecê-lo, floresceria para sempre. Mesmo na partida, Carlinhos deixava um legado de alegria, união e amor pela vida que jamais seria apagado.

 

PRESENTES TAMBÉM

 

Carmen Chacon (viúva), Nara Chacon (filha), Dulce Chacon - concunhada, esposa de Telmo, irmão deles. Fernanda Maciel, filha de Gilvan Maciel. Margarida Maciel e sua irmã, Mirian Maciel Almeida. Sandra Almeida Maciel. Rizelda, Lourdinha Aragão, Roberta, Ângela, Dr. Aluízio Lima, Jânio Lima, João Prudêncio, Gilmar Venâncio, Macirajara Freitas, Artur Costa, Walmir Tenório, Nildo Lucena, Evandro Chacon, Ana Paula Lima e Flávio J Jardim.

 

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chacon (Flávio/flaviojjardim.com.br)

 

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