EDUCAÇÃO E EQUIDADE: Câmara de Sanharó aprova novos projetos em regime de urgência
Leis valorizam boas práticas pedagógicas e fortalecem ensino da cultura afro-brasileira e indígena
Por Flávio José Jardim
atualizado há 1 semana
Publicado em
A Câmara de Vereadores de Sanharó viveu uma sessão histórica na quarta-feira (15), quando aprovou, em regime de urgência, dois importantes projetos enviados pelo prefeito César Augusto de Freitas. As novas leis representam um avanço na valorização da educação e na promoção da equidade nas escolas da rede municipal.
O primeiro projeto aprovado institui o Prêmio Boas Práticas na Rede Municipal de Ensino, uma iniciativa inédita que premiará, com até um salário mínimo, os profissionais que se destacarem por práticas pedagógicas inovadoras, criativas e transformadoras. O objetivo é incentivar professores e gestores a desenvolverem metodologias que melhorem o aprendizado e reduzam a evasão escolar. “É o reconhecimento merecido a quem faz da sala de aula um espaço de descobertas e esperança”, destacou o presidente Guto do Salgado.
O segundo projeto trata de um tema profundo e simbólico: a inclusão obrigatória da Educação das Relações Étnico-Raciais e do Ensino das Histórias e Culturas Afro-Brasileiras, Africanas e Indígenas nas escolas municipais. A proposta alinha Sanharó à Política Nacional de Equidade (PNEERQ) e visa combater o racismo e valorizar as raízes culturais do povo pernambucano e sanharoense.
De acordo com o texto aprovado, as escolas deverão promover ações pedagógicas e culturais que contemplem a história e a contribuição dos povos afro-brasileiros, africanos e indígenas nas artes, na literatura, na culinária e nas ciências. Além disso, o município instituirá uma Comissão de Acompanhamento da PNEERQ, formada por representantes da Educação, sociedade civil, movimentos negros e indígenas. “Educar também é reconhecer de onde viemos e a diversidade que nos forma”, frisou o vereador Iran Batista.
Outra novidade será a realização de um Fórum Municipal de Educação para as Relações Étnico-Raciais, a cada dois anos, onde a Secretaria de Educação apresentará relatórios de avanços e desafios. O projeto foi aplaudido pelos parlamentares e pela comunidade presente. “É um marco civilizatório. Ensinar é também curar as feridas da desigualdade”, destacou Déa Lotero.
Com a aprovação das leis, Sanharó dá um passo firme rumo a uma educação mais justa, moderna e humanizada. O plenário encerrou a sessão sob aplausos, com a convicção de que a cidade está no caminho certo: o da valorização dos professores, do respeito à diversidade e do fortalecimento da escola pública.
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