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ESCOLTA SANGRENTA TERMINA EM EXECUÇÃO: Detento mata policial penal e tenta fugir com farda da vítima

Crime brutal expõe falhas na segurança de escoltas hospitalares; agente foi morto com a própria arma em ato de covardia chocante

Por Flávio José Jardim atualizado há 2 meses
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ESCOLTA SANGRENTA TERMINA EM EXECUÇÃO: Detento mata policial penal e tenta fugir com farda da vítima

Era para ser apenas mais uma madrugada de plantão. No entanto, o Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte, tornou-se palco de um dos crimes mais chocantes dos últimos tempos envolvendo a segurança pública mineira. O policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos, foi assassinado durante a escolta do detento Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos, que estava internado para tratamento médico.

 

Segundo a Polícia Militar, o detento pediu para ir ao banheiro. Quando teve a oportunidade, partiu para cima do agente, iniciando uma luta corporal. Em questão de segundos, Shaylon tomou a arma do policial e disparou. Euler foi atingido na nuca e no tórax, e morreu ali mesmo, sem chance de reação. Um servidor a menos, uma vida sacrificada sob o uniforme do dever.

 

O mais absurdo veio depois: o criminoso vestiu a farda ensanguentada da vítima e saiu tranquilamente pela portaria do hospital. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento exato da fuga, como num roteiro de filme macabro. Do lado de fora, enganou uma moradora, pediu um carro de aplicativo alegando urgência familiar — e quase escapou.

 

Mas a audácia do criminoso encontrou o cerco policial já armado. Próximo ao hospital, ele foi interceptado. Com ele, os militares encontraram a bolsa de Euler, três pistolas, munições e carregadores. O motorista do carro, que acreditava estar ajudando um policial, foi liberado após prestar esclarecimentos.

 

A tragédia expôs falhas gritantes no sistema prisional mineiro. O presidente do Sindppen-MG, Jean Ottoni, cobrou responsabilidade: “Escoltas hospitalares devem ser feitas com dois agentes. Por que ele estava sozinho? Vamos exigir respostas.” A corregedoria já abriu investigação.

 

Euler, pai, servidor, homem de bem, agora é mais um número nas estatísticas da violência contra agentes de segurança. E a pergunta, dolorosa, ecoa: até quando homens fardados continuarão tombando no exercício da lei?

 

escolta
escolta (Flávio/flaviojjardim.com.br)

 

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