Política

Execução em via pública: mulher é morta a tiros no bairro Magano, em Garanhuns

Maria Tatiane, de 32 anos, foi alvejada na rua e morreu no local; suspeitas apontam ligação com o tráfico

Por Flávio José Jardim atualizado há 2 meses
Publicado em

Execução em via pública: mulher é morta a tiros no bairro Magano, em Garanhuns

A noite de domingo (13) foi marcada por violência no bairro Magano, em Garanhuns, no Agreste pernambucano. Por volta das 20h, uma mulher foi assassinada a tiros na Rua Wilson Urquiza, uma área densamente povoada e com histórico de conflitos criminais. A vítima foi identificada como Maria Tatiane Serafim da Silva, de 32 anos, natural de Garanhuns e já conhecida das autoridades policiais.

 

Segundo informações de testemunhas, os disparos foram ouvidos repentinamente, seguidos de gritos e correria. Minutos depois, moradores encontraram Maria Tatiane caída na calçada, com múltiplos ferimentos provocados por arma de fogo. Ela não resistiu e morreu antes da chegada do socorro. O autor dos disparos fugiu rapidamente do local e até o momento permanece foragido.

 

A Polícia Militar chegou em seguida, isolando a área para a realização da perícia técnica. O Instituto de Criminalística esteve presente e colheu provas que possam ajudar a esclarecer a dinâmica do crime. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, onde passará por exames que irão confirmar a quantidade e o calibre dos tiros que atingiram a vítima.

 

Informações obtidas pela polícia indicam que Maria Tatiane tinha envolvimento com o tráfico de drogas e havia recebido ameaças recentes de membros de facções rivais. A mulher já possuía passagens anteriores pela polícia, incluindo por tráfico e associação criminosa. Essas ligações reforçam a hipótese de que o homicídio tenha sido motivado por disputas internas entre grupos criminosos que atuam na cidade.

 

O bairro Magano, onde ocorreu o crime, é conhecido por episódios de violência urbana e disputas territoriais entre facções. Embora não seja oficialmente uma “zona vermelha”, a região tem apresentado aumento de homicídios nos últimos meses, o que preocupa autoridades e moradores. O silêncio das testemunhas e o medo de retaliação dificultam ainda mais o avanço das investigações.

 

A 22ª Delegacia de Homicídios de Garanhuns assumiu o caso. Os investigadores trabalham com a possibilidade de execução planejada, tendo em vista a frieza da ação e o histórico da vítima. Enquanto a cidade lamenta mais uma morte violenta, a pergunta se repete: até quando o tráfico ditará regras nas ruas do Agreste?

 

 

magano
magano (Flávio/flaviojjardim.com.br)

 

 

Você precisa estar logado para comentar. Por favor, faça login ou crie a sua conta.

Ainda não há comentários para esta notícia. Seja o primeiro a comentar!

Veja também