IF BELO JARDIM | Impasse Salarial Leva Servidores do IFPE Belo Jardim a Adotarem Greve Nacional
Decisão Segue Insatisfação com Proposta Governamental e Privilegiamento de Outras Categorias
Por Flávio José Jardim
atualizado há 1 ano
Publicado em

BELO JARDIM (PE) - Após uma semana de paralisação, os servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) em Belo Jardim optaram por aderir à greve nacional convocada pelas entidades representativas dos servidores do executivo federal. A decisão, formalizada após uma assembleia-geral, reflete a crescente insatisfação com a proposta do governo de congelar os salários neste ano, com a promessa de reajuste apenas para 2025 e 2026.
Rudinei Marques, presidente do Fonacate, expressou a rejeição à proposta governamental, classificando-a como inaceitável. "O congelamento salarial neste ano, com uma promessa de reajuste apenas para os próximos dois exercícios, é inaceitável. O governo tem condições de recompor os salários já em 2024, e vamos brigar por isso", enfatizou.
A proposta de reajuste de 9%, a ser pago em duas parcelas, foi colocada na mesa de negociações em dezembro pelo governo. Contudo, a insatisfação cresceu nos últimos dias, especialmente após reajustes concedidos a categorias como a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), interpretados como uma sinalização política.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido criticado por alguns setores por privilegiar categorias ideologicamente alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Este cenário intensificou a pressão de outras categorias, incluindo professores e agentes ambientais.
Recentemente, cerca de 1,2 mil funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também aderiram à greve, exigindo valorização e reestruturação das carreiras.
O comunicado oficial do IFPE Belo Jardim, divulgado após a decisão de aderir à greve nacional, destaca a preocupação com o impacto do movimento nas atividades acadêmicas. A suspensão das aulas por tempo indeterminado foi uma medida tomada diante da grande adesão ao movimento grevista por parte dos servidores.
Apesar da suspensão das aulas, atividades acadêmicas consideradas essenciais, como projetos de extensão, pesquisa e estágios obrigatórios, serão mantidas conforme o projeto acadêmico de cada curso.
A gestão do campus Belo Jardim reconhece a legitimidade do movimento e mantém um diálogo transparente com o Comando de Greve local. Compromete-se também a manter a comunidade informada através dos canais de comunicação institucionais.
Assim que o movimento grevista chegar ao fim, será divulgado um plano para compensação das aulas paralisadas, visando a minimizar o impacto no calendário acadêmico e garantir a normalidade das atividades o mais breve possível.
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