Política

SANHARÓ: Quando o povo fala, a Câmara reage

Sob o comando de Guto do Salgado, vereadores transformam a sessão em grito coletivo por melhorias urgentes

Por Flávio José Jardim atualizado há 1 dia
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SANHARÓ: Quando o povo fala, a Câmara reage

A sessão desta semana na Câmara de Vereadores de Sanharó não foi apenas mais uma reunião legislativa: foi um verdadeiro ato de resistência em defesa do povo. Entre discursos inflamados, cobranças diretas e manifestações de indignação, o plenário virou trincheira para denunciar problemas históricos e exigir soluções urgentes, sobretudo no drama diário da falta de água que castiga comunidades inteiras do município.

 

O clima ganhou força quando um dos parlamentares denunciou a realidade absurda vivida pelos moradores do Sítio das Moças, onde a água chega, quando chega, por poucas horas, como um favor raro, e desaparece antes mesmo de saciar a sede da população. Histórias de mães implorando por um balde d’água para dar banho nos filhos foram relatadas com revolta, escancarando uma situação que, segundo os vereadores, já ultrapassou todos os limites da dignidade humana.

 

A cobrança não ficou restrita apenas à Compesa. Deputados estaduais e federais que obtiveram votação expressiva em Sanharó também foram lembrados, numa espécie de recado público: quem recebeu voto do povo precisa retribuir em forma de ação concreta. A mensagem foi direta — é hora de usar influência política para acabar com o sofrimento dos sanharoenses, e não virar as costas para quem confiou no voto.

 

Outra preocupação levantada foi a segurança pública. Relatos de assaltos, inclusive na zona rural, aumentaram a sensação de medo e abandono. Casos que envolvem trabalhadores honestos, como tiradores de leite e pequenos produtores, evidenciam que a criminalidade não escolhe hora nem lugar. Diante disso, a Câmara reafirmou que seguirá cobrando providências imediatas das autoridades competentes.

 

No campo da saúde, foi esclarecido que o problema do raio-x não se dá por defeito no equipamento, mas por uma falha estrutural ligada à rede elétrica. Segundo os vereadores, a situação já está sendo encaminhada e será resolvida. Ao mesmo tempo, foi reforçado que a gestão municipal e a secretaria de saúde têm se esforçado para manter o atendimento à população, mesmo com limitações e desafios técnicos.

 

A pauta do esporte também apareceu como símbolo de esperança e orgulho para o município. O incentivo ao tênis de mesa e outras modalidades foi destacado como uma ferramenta de transformação social, especialmente para a juventude. A Câmara reconheceu a importância desses projetos, que levam o nome de Sanharó a competições e pódios, e reafirmou o compromisso de continuar apoiando o setor esportivo.

 

O presidente da Câmara, Guto do Salgado, fez questão de deixar claro que ali não é palanque político — o único “lado” daquela Casa é o do povo. Em um discurso firme, ele reforçou que Sanharó possui um dos melhores sistemas de transporte para tratamento fora do domicílio da região e que continuará lutando para manter e ampliar esse serviço essencial.

 

Quando o assunto voltou a ser a crise hídrica, Guto foi ainda mais enfático: a parceria do município existe, a cobrança é constante, mas a ausência de respostas concretas por parte do Governo do Estado tem prejudicado diretamente a população sanharoense. Mesmo assim, ele garantiu que não haverá recuo, e que a luta por água nas torneiras continuará sendo uma das bandeiras mais fortes da Câmara.

 

Além dos discursos, a sessão também foi marcada por ações práticas: requerimentos solicitando obras de calçamento em áreas castigadas pela lama e pelo abandono, votos de aplauso a eventos que fortalecem a saúde pública no município, congratulações a atletas que elevam o nome de Sanharó e votos de pesar a famílias enlutadas da cidade, reforçando o papel humano e coletivo do Legislativo.

 

Ao encerrar a reunião, o sentimento que ficou foi de mobilização. Entre aplausos, indignação e esperança, a Câmara de Sanharó, sob a presidência de Guto do Salgado, mostrou que não está adormecida nem distante do povo. Pelo contrário: está em campo, de pé e em luta, exigindo respeito, dignidade e melhorias reais para cada canto do município.

 

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