A Paixão que Tocou Almas: Alagoinha Celebra Cristo com Fé Viva e Arte Sublime
Encenação da Paixão de Cristo 2025 emociona multidões com fé, beleza cênica e uma entrega espiritual que consagrou Alagoinha como solo sagrado do teatro sacro brasileiro
Por Flávio José Jardim
atualizado há 3 semanas
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Alagoinha, no coração do Agreste pernambucano, viveu em 2025 mais do que um espetáculo: testemunhou um verdadeiro ato de fé encarnado na arte. A encenação da Paixão de Cristo, que já é tradição no município, alcançou novos patamares este ano, tocando milhares de corações com uma força espiritual que ainda ecoa pelas ruas, palcos e almas da cidade. Em cada detalhe, em cada olhar emocionado da plateia, o amor de Cristo foi proclamado — não apenas representado, mas vivido intensamente.
A produção deste ano surpreendeu pela qualidade técnica, pelo comprometimento artístico e, sobretudo, pela unção com que foi conduzida. Um dos pontos altos foi a impactante cena da tempestade no mar, quando Jesus acalma os ventos e revela Seu domínio sobre a criação. A nova cenografia elevou o espetáculo a uma experiência sensorial e espiritual, conduzindo o público a uma profunda meditação sobre fé, medo e redenção.
Sob os aplausos calorosos e lágrimas sinceras, atores e atrizes entregaram mais que performance: entregaram a alma. Com nomes como Ricardo Vianna e Mariana Vaz enriquecendo o elenco, o texto ganhou camadas de emoção, intensidade e profundidade. Cada gesto, cada silêncio, cada palavra ecoava como oração. A Cruz foi mais que um símbolo cênico — tornou-se ponte entre céu e terra, entre o teatro e a eternidade.
A realização da Paixão de Cristo de Alagoinha é fruto do esforço coletivo da Prefeitura Municipal, das secretarias envolvidas e de uma comunidade que entende que fé e cultura caminham juntas. Gratuita, acessível e cuidadosamente preparada, a peça se consolida como o maior espetáculo sacro ao ar livre do interior de Pernambuco. Um patrimônio espiritual e artístico que transforma vidas, evangeliza com beleza e evangelho vivo.
A cada noite de apresentação, a cidade se silenciava em reverência. O palco, montado com esmero, tornou-se espaço sagrado, onde o Cordeiro foi exaltado, onde a dor foi sentida, mas também onde o amor venceu. O público — famílias inteiras, peregrinos, visitantes e moradores — participou não como espectadores, mas como irmãos em Cristo, tocados pela paixão que salva e renova.
Ao final do último ato, enquanto o céu parecia se curvar diante da cena da ressurreição, ficou claro que a história de Alagoinha e sua Paixão de Cristo não se encerra ali. O que foi vivido permanece no íntimo de cada alma presente. Como escreveu São Paulo, "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé" — mas em Alagoinha, Cristo ressuscitou em cada coração convertido, em cada lágrima derramada, em cada ato de fé despertado.
O diretor, os roteiristas, os cenógrafos, os técnicos, os figurantes — todos deram testemunho de que a arte é um instrumento poderoso de evangelização. O prefeito e os líderes culturais locais reafirmaram o compromisso de continuar investindo neste projeto que une gerações e transforma a cidade em símbolo da fé encenada com verdade e dignidade.
"Essa Paixão é mais que teatro, é experiência de fé", disse um dos espectadores após o encerramento, com os olhos marejados. E, de fato, não se trata apenas de encenar a dor e a glória do Salvador — trata-se de ser parte dela, de se permitir ser transformado pela mensagem que atravessa os séculos e continua viva.
Até 2026, Alagoinha. Até o próximo ato. Porque a Paixão de Cristo aqui não é apenas tradição: é missão. E missão cumprida com amor, fé e arte que fala diretamente ao coração.
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