Política

DR. JOÃO PRUDÊNCIO | Advogado anuncia que Marcos de Esmeralda falará espontaneamente sobre assassinato do vereador Ezinho da Construção em Alagoinha

Alagoinha, no Agreste pernambucano, vive dias de tensão e mistério. A morte brutal do vereador Ezinho da Construção continua a provocar ondas de desconfiança, teorias e suspeitas.

Por Flávio José Jardim atualizado há 2 meses
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DR. JOÃO PRUDÊNCIO | Advogado anuncia que Marcos de Esmeralda falará espontaneamente sobre assassinato do vereador Ezinho da Construção em Alagoinha

ALAGOINHA (PE) - No centro desse turbilhão, o advogado criminalista Dr. João Prudêncio surpreendeu a cidade ao anunciar que seu cliente, o suplente de vereador Marcos de Esmeralda, decidiu falar espontaneamente ao delegado responsável pelo inquérito.

 

Segundo Prudêncio, Marcos não vai intimado. Não há mandado, não há convocação oficial. Há, no entanto, um gesto que, para ele, fala mais alto que qualquer boato: “Ele quer ser ouvido porque tem interesse maior que qualquer pessoa em esclarecer os fatos”, declarou o advogado. Essa decisão firme agitou os corredores políticos e alimentou ainda mais a atmosfera de suspense que envolve o caso.

 

O anúncio veio carregado de simbolismo. Prudêncio revelou que Marcos de Esmeralda vai abrir voluntariamente seu sigilo bancário, entregando os registros para análise da polícia. A medida busca dissipar rumores sobre movimentações financeiras suspeitas. “Estão criando factoides. Não há nada de anormal. As movimentações foram de campanha, como qualquer candidato”, frisou o advogado, mirando diretamente os comentários que correm pelas redes sociais.

 

Ao colocar sua vida financeira em xeque, Marcos pretende mostrar que nada tem a esconder. Para Prudêncio, essa atitude evidencia o desejo de “colaborar com a investigação de forma séria, imparcial e sem qualquer influência política”.

 

Em Alagoinha, os boatos caminham mais rápido que a verdade. O nome de Marcos de Esmeralda vinha sendo citado em conversas de esquina. Nada concreto, nenhuma prova, como frisou Prudêncio. Mas a simples menção foi suficiente para transformá-lo em personagem de uma trama marcada pela dúvida. Agora, ele mesmo se colocará diante do delegado, buscando virar a página de uma história que ainda parece longe de acabar.

 

Outro ponto levantado pelo advogado foi o depoimento de Rubens, também citado no inquérito. Prudêncio explicou que boatos o ligaram como assessor de Marcos. A versão, segundo ele, é falsa: “Alagoinha não tem gabinete, vereador não tem assessor. Rubens foi apenas um colaborador de campanha, como dezenas de outros”. A confusão, alimentada pela falta de informação oficial, gerou interpretações distorcidas e suspeitas precipitadas.

 

Enquanto isso, a cidade ainda digere o impacto da morte de Ezinho. Empresário respeitado, eleito em 2024, ele havia se tornado voz firme na Câmara Municipal. No dia 26 de abril, sua trajetória foi interrompida por tiros certeiros, em plena luz do dia. A execução teve características de crime planejado: não houve assalto, não houve luta. Apenas disparos frios, que calaram uma promessa política.

 

Desde aquele dia, Alagoinha nunca mais foi a mesma. O comércio, as feiras, as conversas de bar carregam o nome de Ezinho com revolta e tristeza. O silêncio gerou terreno fértil para teorias conspiratórias. Para muitos, o assassinato ultrapassa o campo do crime comum.

 

O Podemos, partido de Ezinho, classificou o crime como “violência brutal”. Mas as palavras oficiais não saciaram a fome de respostas. Na terça-feira, 14 de agosto, uma operação policial reacendeu o clima de tensão. Viaturas nas ruas, boatos nas redes sociais, vídeos circulando de esquina em esquina. A cada nova ação policial, a cidade mergulha mais fundo no suspense. Ninguém sabe o que é fato, o que é rumor, o que é manipulação.

 

É nesse cenário que João Prudêncio decidiu agir. Para ele, é hora de parar o tribunal das redes sociais. “A justiça tem seu tempo, e não é o tempo das redes”, declarou, defendendo serenidade e cautela.

 

Prudêncio insiste: no inquérito não há provas contra Marcos. Nem testemunhal, nem documental. “Nada”, repete o advogado. O clima sombrio que recobre Alagoinha é típico de uma cidade pequena abalada por um crime grande demais.

 

Ezinho, o homem da construção, que levantava paredes e projetos, tornou-se agora o centro de uma narrativa de sangue e silêncio. Quem o matou? Por quê? Quem mandou? Essas perguntas ecoam, e cada nome citado, cada depoimento prestado, cada gesto público é interpretado como peça de um quebra-cabeça sinistro.

 

As ruas, carregadas de boatos, aguardam pelo próximo movimento. O depoimento espontâneo pode clarear caminhos

 

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prudencio
prudencio (Flávio/flaviojjardim.com.br)

 

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