📚 Tradição que resiste: Coco da Barriguda ecoa pela primeira vez em Caruaru
“O Reisado e a Mazuca Respiram” transforma a Casa Cultural em palco vivo da ancestralidade nordestina
Por Flávio José Jardim
atualizado há 1 semana
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A tarde do próximo domingo, 30 de novembro, promete ser marcada por uma explosão de memória, ritmo e identidade na Casa Cultural Respira, em Caruaru. Pela primeira vez, o Grupo de Coco da Barriguda, diretamente do município de Sanharó, irá pisar em solo caruaruense para uma vivência que ultrapassa a arte: é um chamado ancestral que ecoa pelas vozes, pelos tambores e pelos pés firmes no chão batido da tradição.
A iniciativa faz parte da Aula 7 do projeto “O Reisado e a Mazuca Respiram”, um trabalho que vai além do ensino e se transforma em ato de resistência cultural. Com entrada gratuita e aberta ao público, a atividade acontece às 14h30 e promete reunir mestres, curiosos, estudantes, artistas e amantes das expressões populares em um verdadeiro mergulho nas raízes do Nordeste profundo.
A curadoria é assinada por Flor das Chagas, figura respeitada na condução singular desse processo artístico-pedagógico. Em colaboração com o Coletivo Cultural Respira, o projeto foi contemplado pela Lei de Incentivo Aldir Blanc, reafirmando o papel das políticas públicas como fôlego essencial para a sobrevivência das brincadeiras tradicionais, muitas vezes esquecidas às margens do tempo moderno.
Nos bastidores, uma equipe apaixonada e dedicada faz o projeto ganhar corpo e significado. Carina Siqueira conduz a produção geral, enquanto Rafarte entrega uma produção executiva conectada com o digital. No campo, Alberto Barbosa garante a organização do espaço, apoiado pela técnica de José Genison. A identidade visual, criada pelo Ser Imenso, completa a estética sensível que traduz o espírito do movimento.
Mais que uma apresentação, o encontro promete ser uma celebração de pertencimento. Sons de coco, canto livre, batidas ancestrais e histórias que atravessam gerações vão transformar a Casa Cultural Respira em território sagrado da cultura popular, onde tradição e futuro se abraçam.
Esse importante capítulo cultural é incentivado pelo Edital PNAB-PE 2024, fortalecendo o grito que insiste em não silenciar: o Reisado, a Mazuca e o Coco seguem vivos, pulsando no coração do povo.
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