A despedida de Otto Vaquejada: Sanharó chora a perda de um filho querido das vaquejadas
Amigos, autoridades e familiares se unem no luto pela morte do vaqueiro Otto, cuja partida repercute fortemente nas redes sociais
Por Flávio José Jardim
atualizado há 1 mês
Publicado em
A cidade de Sanharó amanheceu em silêncio e lágrimas após a confirmação da morte de Otto Vaquejada, figura popular e querida no mundo das corridas de vaquejada e na vida social do município. A notícia se espalhou rapidamente pelas redes sociais, onde amigos, familiares e admiradores compartilharam homenagens e recordações. Ícones de coração partido e mensagens de fé inundaram as publicações, refletindo a dor coletiva diante de uma perda irreparável.
O prefeito César Freitas, emocionado, manifestou publicamente seu pesar pela morte do amigo. “Recebi com muita tristeza a notícia do falecimento do meu amigo Otto. Além da amizade, tive a honra de tê-lo como parte da equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social, onde sempre se destacou pelo empenho, dedicação e compromisso em servir ao próximo”, disse o gestor. Para César, a lembrança que fica é a de um homem íntegro, cuja trajetória se entrelaçou com o desenvolvimento e a solidariedade em Sanharó.
O empresário Tavinho Rêgo Barros, amigo próximo, também lamentou profundamente. Em seu depoimento, deixou escapar a saudade de momentos simples e marcantes: “O dia está triste, perdi um grande amigo, um amigo fiel e reverente. Descanse em paz, velho mocotilha, como você gostava de falar. Vai ser difícil não ouvir mais seu pedido: ‘tira uma foto aí do teu celular e manda pra mim postar no Instagram’”. Suas palavras ressoaram como um retrato fiel da convivência alegre e leal que Otto cultivava com os amigos.
Já o vice-prefeito de Sanharó, Rodrigo Didier, usou as redes sociais para sintetizar a dimensão da perda. “Sanharó e a família Valentim perdem um filho e um amante das vaquejadas. Descansa em paz, meu amigo Otto Vaquejada”, escreveu, num tom carregado de emoção e respeito. Para Didier, a ausência de Otto não é apenas pessoal, mas coletiva, já que sua figura estava fortemente ligada à tradição cultural da região.
Nas redes sociais, centenas de mensagens surgiram em sequência. “Meus sentimentos a todos os familiares”, repetiam amigos e conhecidos, acompanhados de símbolos de dor e de preces. Outros pediam explicações, tentando compreender o que havia acontecido, enquanto o sentimento de incredulidade tomava conta da comunidade virtual. O luto digital mostrou a intensidade do vínculo que Otto havia construído com todos que cruzaram seu caminho.
Para além da figura pública, Otto era um homem de encontros. Em cada cavalgada, em cada almoço improvisado na fazenda, em cada conversa descontraída, deixava uma marca de leveza e fraternidade. Era conhecido por transformar até o gesto mais simples em motivo para celebrar a amizade. Sua ausência abre um vazio que não será facilmente preenchido, especialmente entre os que o viam como símbolo da alegria sertaneja.
A família Valentim, enlutada, agradeceu as manifestações de carinho recebidas de todo o estado. Amigos próximos afirmam que a solidariedade da comunidade tem sido um alento neste momento de dor. O sentimento predominante é de que Sanharó perdeu não apenas um vaqueiro apaixonado, mas também um elo vivo da sua cultura e da sua tradição.
Enquanto o adeus definitivo se aproxima, Sanharó se curva diante da memória de Otto Vaquejada. Seu nome ecoará nos campos, nos corredores das vaquejadas e nas rodas de conversa que sempre o terão como lembrança. O luto é profundo, mas também é a certeza de que ele continuará presente, não apenas como recordação, mas como parte indissociável da alma sanharoense.
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